Araçatuba registra aumento de 161% nos casos de chikungunya
Araçatuba enfrenta alta de 161% nos casos de chikungunya, com 102 registros em uma semana. Autoridades intensificam ações de combate ao Aedes aegypti.
Resumo da Notícia
Araçatuba, em São Paulo, registrou um aumento de 161% nos casos de chikungunya em uma semana, com 102 novos registros. Autoridades intensificam ações contra o mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão. A população é alertada para colaborar na prevenção e eliminação de criadouros.
Araçatuba registra aumento de 161% nos casos de chikungunya
Araçatuba, localizada no estado de São Paulo, está enfrentando um aumento preocupante nos casos de chikungunya, doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do zika vírus. Em uma semana, o número de casos confirmados saltou de 39 para 102, representando um aumento de 161,54%.
Comparação com anos anteriores
O aumento atual é significativamente elevado em comparação com anos anteriores. Em 2024, foi registrado apenas um caso importado da doença na cidade, enquanto em 2023 houve apenas um registro. Embora não tenham sido registradas mortes, a chikungunya é conhecida por causar dores intensas nas articulações, que podem se tornar crônicas.
O cenário é muito grave e reforça a necessidade de a população seguir atenta na prevenção e eliminação de criadouros do mosquito. Estamos também fazendo a nossa parte com ações diárias casa a casa", afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Martins Ferreira Júnior.
Disseminação nos bairros
Até o momento, foram confirmados casos de chikungunya em 34 bairros, infectando pacientes entre 9 e 83 anos, conforme boletim da Secretaria Municipal de Saúde de Araçatuba divulgado na última sexta-feira (1º). Há ainda 52 casos prováveis em investigação.
A região do Umuarama possui o maior número de casos, totalizando 38. A distribuição inclui:
- 11 casos no Umuarama;
- 9 em Água Branca 2;
- 8 em Água Branca 3;
- 3 em Hilda Mandarino;
- 2 em Vista Verde;
- 2 em Água Branca 1;
- 1 caso nos bairros Concórdia 1 e 3, e Jardim Pinheiros.
O secretário de Saúde destacou a preocupação pela região ser considerada uma “região dormitório”, onde muitos moradores trabalham fora durante o dia, dificultando as vistorias domiciliares e resultando em alto índice de pendências nas ações de controle.
Outros bairros com aumento significativo incluem:
- Paraíso, com 13 notificações;
- Novo Paraíso, com 11;
- Planalto e Vila Mendonça, com 5 cada;
- Jardim Paulista, com 4;
- Residencial Beatriz, com 3;
- Centro, Vila Nova, São Joaquim e São Vicente, com 2 casos cada.
Ações de controle
A Secretaria de Saúde mantém ações diárias de combate ao mosquito, através de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. As atividades incluem visitas domiciliares para eliminação de criadouros, aplicação de larvicidas, nebulização costal e orientações aos moradores.
“Vamos intensificar as ações na região do Umuarama, com mutirão de limpeza para remoção de inservíveis. Pretendemos realizar o trabalho em horários alternativos para encontrar o morador em casa”, informou Guilherme Santos, gerente de campo da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ).
Ele reforça que a colaboração da população é essencial no combate ao mosquito e à disseminação da chikungunya e dengue. “É importante eliminar recipientes que acumulam água e receber os agentes nas visitas. São cuidados simples que protegem contra as duas doenças”, orientou.
Sintomas
Tanto a dengue quanto a chikungunya apresentam sintomas como febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor atrás dos olhos, náuseas e cansaço. Em caso de sintomas, é recomendado buscar atendimento médico em uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
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