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Nadadora transgênero Hannah Caldas é suspensa por cinco anos

Hannah Caldas, nadadora transgênero, é suspensa por cinco anos pela World Aquatics após recusar teste de verificação de sexo.

Redação24/10/2025 14:1512min

Hannah Caldas, nadadora transgênero portuguesa, foi suspensa pela World Aquatics por cinco anos após recusar um teste de verificação de sexo. A suspensão impede sua participação em competições femininas até 2030 e anula seus resultados entre 2022 e 2024.

Nadadora transgênero Hannah Caldas é suspensa por cinco anos

Suspensão da Nadadora Transgênero Hannah Caldas

A Federação Internacional de Natação (World Aquatics) anunciou a suspensão da nadadora portuguesa transgênero Hannah Caldas, de 47 anos, por um período de cinco anos de todas as competições femininas. A suspensão foi imposta após a atleta se recusar a realizar um teste de verificação de sexo, solicitado para sua participação na categoria sênior feminina do Masters World Championships de 2024.

Detalhes da Suspensão

A World Aquatics exigiu que Hannah Caldas se submetesse a um teste genético ou cromossômico, apesar de a nadadora ter apresentado sua certidão de nascimento, que a identifica como mulher. A suspensão, que se estende até outubro de 2030, não só impede a participação de Hannah em competições oficiais durante esse período, mas também anula todos os seus resultados obtidos entre junho de 2022 e outubro de 2024.
Residente na Califórnia e competindo sob a bandeira dos Estados Unidos, Hannah Caldas comentou sobre a situação:

Compreendo e aceito as consequências. Mas uma suspensão de cinco anos é o preço que tenho de pagar para proteger as minhas informações médicas mais íntimas.

Reação e Contexto

Hannah Caldas descreveu a exigência do teste como invasiva e mencionou que seu plano de saúde não cobre os custos associados:

Os testes cromossômicos são procedimentos invasivos e caros. Meu plano de saúde se recusa a cobrir esse tipo de teste porque não é clinicamente necessário.

A medida tomada pela World Aquatics veio dois meses após a US Masters Swimming autorizar a participação de Hannah em categorias femininas nos seus eventos. Durante um campeonato em abril, Hannah se destacou ao vencer em cinco categorias. Contudo, a decisão da World Aquatics foi fortemente criticada pela US Masters Swimming em um comunicado oficial.

Implicações Legais

A situação também desencadeou ações legais, com a US Masters Swimming sendo processada por Ken Paxton, procurador do Texas. O processo alega que a participação de Hannah e de outra atleta transgênero em competições femininas teria colocado as demais competidoras em desvantagem, privando-as de alcançar sucesso nos níveis mais altos.
O caso de Hannah Caldas reflete as complexas discussões sobre a inclusão de atletas transgênero em competições esportivas e as políticas de verificação de sexo adotadas por organizações esportivas.

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