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Saúde

Expectativa de Vida: Estudo Revela Dificuldades para Chegar aos 100 Anos

Estudo aponta baixa chance de viver até 100 anos para nascidos entre 1939 e 2000.

Redação31/10/2025 09:0514min

Um estudo publicado na PNAS indica que as chances de viver até 100 anos são baixas para pessoas nascidas entre 1939 e 2000 em países ricos. A pesquisa destaca que, embora a expectativa de vida tenha aumentado para nascidos até 1938, o mesmo não se aplica aos nascidos posteriormente.

Expectativa de Vida: Estudo Revela Dificuldades para Chegar aos 100 Anos

Expectativa de Vida: Estudo Revela Dificuldades para Chegar aos 100 Anos

Um estudo recente publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) revela que as chances de atingir 100 anos de idade são reduzidas para indivíduos nascidos entre 1939 e 2000. A pesquisa focou em países ricos e sugere que o cenário em nações de média e baixa renda, como o Brasil, pode diferir significativamente.

Análise de Grupos Populacionais

Para compreender as tendências de longevidade, o estudo analisou dois grupos populacionais distintos. O primeiro grupo incluiu pessoas nascidas entre 1900 e 1938, um período caracterizado por avanços notáveis na expectativa de vida, especialmente entre os jovens. Essa evolução foi significativa em países ricos, afirma José Andrade, um dos autores do estudo e doutorando no Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica, na Alemanha.
O segundo grupo envolveu indivíduos nascidos entre 1939 e 2000. A pesquisa demonstrou que a probabilidade de viver até os 100 anos é consideravelmente menor para essa geração em comparação com a anterior. A principal razão para essa redução na expectativa de vida é a mortalidade entre crianças com até 5 anos de idade, que explica mais da metade da desaceleração observada.

Razões para a Queda na Longevidade

Nos primeiros 38 anos do século 20, melhorias significativas na sobrevivência infantil em países ricos contribuíram para o aumento da expectativa de vida geral. Contudo, conforme explica Andrade, essas melhorias já foram amplamente implementadas, limitando o potencial para novos avanços significativos. "Em países de alta renda, a mortalidade em idades jovens já é tão baixa que melhorias adicionais têm impacto limitado na expectativa de vida", resume Andrade.
Além disso, fatores como conflitos armados, epidemias e pandemias também influenciam a expectativa de vida, contribuindo para a desaceleração observada.

Implicações e Futuras Pesquisas

As descobertas do estudo têm implicações importantes para agências governamentais, provedores de saúde e sistemas de previdência, que precisam planejar o futuro considerando a expectativa de vida da população. No nível individual, Andrade enfatiza que a desaceleração na expectativa de vida deve ser levada em conta ao tomar decisões sobre poupança, aposentadoria e planejamento de longo prazo.
Embora o estudo se concentre em países ricos, Andrade planeja estender a análise para regiões de média e baixa renda, como a América Latina, que não foram incluídas nesta pesquisa inicial. Em nações com altas taxas de mortalidade infantil, melhorias nesses índices podem aumentar a expectativa de vida, espelhando o que ocorreu nos países ricos no início do século 20.

Fonte: Foto de Dragos Gontariu na Unsplash

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