🔴 Portal de Notícias - Acompanhe as principais notícias em tempo real
InternacionalHá 2 dias

Ataque Israelense Mata Jornalistas da Al Jazeera em Gaza

Cinco jornalistas da Al Jazeera foram mortos em ataque na Faixa de Gaza, com críticas de grupos de direitos humanos.

Por Redação
11 de agosto de 2025 às 12:1016min de leitura
Ataque Israelense Mata Jornalistas da Al Jazeera em Gaza

Ataque Israelense Mata Jornalistas da Al Jazeera em Gaza

Cinco jornalistas da emissora Al Jazeera, sediada no Catar, foram mortos em um ataque israelense na Faixa de Gaza. O incidente ocorreu em uma tenda localizada perto do Hospital Al-Shifa. A emissora confirmou a morte de seus repórteres e de um jornalista freelancer que trabalhava na região.
Entre os jornalistas mortos está Anas Al-Sharif, de 28 anos, que era considerado um dos jornalistas mais corajosos de Gaza pela Al Jazeera. Israel alega que Al-Sharif era um terrorista disfarçado de repórter, uma alegação que já foi desmentida pelas Nações Unidas. Ele fazia parte de uma equipe da Reuters que ganhou o Prêmio Pulitzer em 2024 na categoria de Fotografia de Notícias de Última Hora pela cobertura da guerra entre Israel e o Hamas. Os outros jornalistas mortos incluem Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal.

Condenação e Respostas

A Al Jazeera descreveu o ataque como uma "tentativa desesperada de silenciar vozes em antecipação à ocupação de Gaza". O canal destacou que os jornalistas estavam entre as últimas vozes restantes para transmitir a realidade trágica ao mundo. Em resposta, jornalistas e grupos de defesa dos direitos humanos condenaram o ataque.

  • Um grupo de liberdade de imprensa e especialistas das Nações Unidas já haviam alertado sobre os riscos que Al-Sharif corria devido às suas reportagens.
  • A relatora especial da ONU, Irene Khan, afirmou anteriormente que as alegações de Israel contra Al-Sharif eram infundadas.

Alegações de Israel

As forças israelenses, em comunicado, alegaram que Al-Sharif era um líder de uma célula do Hamas e "responsável por promover ataques com mísseis contra civis israelenses e tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF)", apoiando suas alegações com documentos encontrados em Gaza. Em outubro de 2024, Israel nomeou Al-Sharif como um dos jornalistas de Gaza que seriam membros do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina.

Reações Internacionais

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) afirmou que Israel não apresentou provas para sustentar suas alegações contra Al-Sharif. Sara Qudah, diretora do CPJ para o Oriente Médio e Norte da África, declarou que "o padrão de Israel de rotular jornalistas como militantes sem fornecer provas levanta sérias questões sobre sua intenção e respeito pela liberdade de imprensa".
O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) condenou o assassinato e apelou para que jornalistas dos Estados Unidos e de outros países se solidarizem com seus colegas palestinos. O diretor executivo nacional do CAIR, Nihad Awad, afirmou:

A campanha contínua de assassinatos seletivos de jornalistas palestinos por parte de Israel é um crime de guerra, puro e simples.

Contexto e Consequências

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou uma nova ofensiva na Faixa de Gaza, que enfrenta uma crise de fome após 22 meses de guerra. O movimento palestino Hamas, que controla Gaza, afirmou que os assassinatos podem sinalizar o início de uma ofensiva israelense.
A situação continua a evoluir, e a comunidade internacional observa de perto os desdobramentos na região.

Resumo da Notícia

Cinco jornalistas da Al Jazeera foram mortos em um ataque israelense na Faixa de Gaza, próximo ao Hospital Al-Shifa. A emissora e grupos de direitos humanos criticaram o ataque, enquanto Israel alega que um dos jornalistas era um terrorista disfarçado, acusação rejeitada pela ONU.

Fonte:© Reuters/Mahmoud Issa/Proibida reprodução

Compartilhe esta notícia