EUA realizam ataque letal no Caribe contra narcotráfico
Ataque dos EUA no Caribe mata três e visa embarcação ligada ao narcotráfico.
Os EUA realizaram um ataque militar no Caribe, sob ordens do presidente Donald Trump, matando três homens em uma embarcação ligada ao narcotráfico. A operação ocorreu em águas internacionais e visava combater o tráfico de drogas associado a uma organização terrorista.

EUA realizam ataque letal no Caribe contra narcotráfico
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, confirmou neste sábado (1º) que um ataque militar no Mar do Caribe resultou na morte de três homens. A operação, realizada sob as ordens do presidente Donald Trump, visou uma embarcação que, de acordo com autoridades norte-americanas, estava associada ao narcotráfico e a uma "organização terrorista designada".
Detalhes do Ataque
De acordo com Hegseth, o ataque foi descrito como "cinético e letal", ocorrendo em águas internacionais, em uma rota conhecida pelo contrabando de drogas. Nenhum militar americano ficou ferido durante a ação. O secretário afirmou que a embarcação alvo transportava entorpecentes e era parte de uma rede de tráfico internacional.
Esses narcoterroristas estão trazendo drogas para o nosso país para envenenar americanos — e não terão sucesso", escreveu Hegseth em publicação no X (antigo Twitter). Ele ainda acrescentou que o governo dos EUA continuará a "rastrear, mapear, caçar e eliminar" grupos criminosos ligados ao tráfico.
Operações Anteriores e Contexto
Desde setembro, o governo dos Estados Unidos realizou 16 ataques contra embarcações suspeitas — nove no Caribe e sete no Pacífico — resultando em mais de 60 mortes, segundo dados oficiais. Autoridades americanas afirmam que essas ofensivas fazem parte de uma estratégia para enfraquecer organizações criminosas supostamente ligadas ao regime de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. Washington acusa Maduro de liderar um cartel internacional de drogas, considerado uma organização terrorista.
Apesar do aumento nas operações, o presidente Trump negou, na última sexta-feira (31), qualquer plano de ataques diretos à Venezuela, declarando que "ainda não tomou decisão" sobre eventuais ações militares no país.
Repercussão e Críticas
O Pentágono tem mantido poucas informações sobre as ofensivas, sem divulgar as identidades das vítimas ou a quantidade de drogas apreendidas. Contudo, as ações receberam duras críticas da Organização das Nações Unidas (ONU). O alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu a suspensão imediata dos bombardeios, classificando as operações como "execuções extrajudiciais".
Em um comunicado, Türk afirmou que o aumento no número de mortes é "inaceitável" e solicitou que os Estados Unidos "ponham fim a tais ataques e adotem medidas para evitar execuções extrajudiciais, independentemente de qualquer suposta atividade criminosa".
As críticas reacendem o debate sobre os limites da atuação militar norte-americana em território internacional e a legalidade das ações contra alvos classificados como ligados ao tráfico e ao terrorismo.


