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Internacional

Trump rejeita Brasil como mediador entre EUA e Venezuela

Aliados de Trump descartam o Brasil como mediador no conflito EUA-Venezuela.

Redação29/10/2025 17:3918min

Aliados de Donald Trump rejeitaram a proposta do presidente Lula para que o Brasil medie o conflito entre EUA e Venezuela. A estratégia americana atual, liderada por pessoas próximas a Marco Rubio, é mais agressiva e não contempla negociações diplomáticas com o governo de Nicolás Maduro.

Trump rejeita Brasil como mediador entre EUA e Venezuela

Aliança de Trump descarta Brasil como mediador entre EUA e Venezuela

Aliados de Trump rejeitam proposta de mediação de Lula

Aliados do presidente Donald Trump expressaram rejeição à ideia de o Brasil atuar como mediador no conflito entre os Estados Unidos e a Venezuela. Esse grupo, composto por pessoas próximas ao secretário de Estado, Marco Rubio, defende uma abordagem mais agressiva em relação ao governo de Nicolás Maduro.
A sugestão de mediação pelo Brasil foi apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Trump durante uma viagem à Malásia, no último domingo (26). Dois interlocutores do Departamento de Estado americano informaram que a proposta foi mal recebida, pois a atual estratégia dos EUA não contempla negociações diplomáticas. Recentemente, após conversas mantidas com Caracas, Trump ordenou a suspensão dos diálogos, o que culminou em uma escalada das tensões na América Latina.

Brasil como mediador: reações e justificativas

Para um grupo dentro do governo Trump, o papel do Brasil no conflito não é bem-visto, pois consideram que o Brasil não é o interlocutor ideal com Maduro. Pessoas próximas a Marco Rubio afirmam que o governo brasileiro demonstra uma postura mais simpática ao líder venezuelano, enquanto os EUA buscam uma mudança de regime, chegando a autorizar operações da CIA com esse objetivo.
Antes do encontro com Lula, Trump expressou surpresa sobre a possibilidade do tema ser abordado. Ele declarou:

Eu não acho que vamos discutir Venezuela. Eles [o Brasil] não estão envolvidos em Venezuela. Se eles quiserem, vamos discutir, mas não acho que vamos", disse Trump.

Lula, por sua vez, já havia comunicado ao presidente americano que tinha interesse em tratar do assunto. Durante uma ligação telefônica de 30 minutos realizada anteriormente, o presidente brasileiro destacou sua defesa por uma solução diplomática para a crise venezuelana.

Conversas sobre a situação na Venezuela

Na ocasião da ligação telefônica, Lula reconheceu que não mantinha diálogo com Maduro desde as eleições que concederam ao líder venezuelano mais um mandato, sob suspeitas de fraude. O presidente brasileiro afirmou que seu governo já havia solicitado insistentemente as atas eleitorais, que nunca foram fornecidas pelo regime de Maduro.
Após o encontro de domingo entre os dois líderes, o chanceler brasileiro Mauro Vieira mencionou que Lula reiterou o desejo do Brasil de atuar em prol da paz.

[Lula] levantou o tema, disse que a América Latina e América do Sul, especificamente onde estamos, é uma região de paz e ele se prontificou a ser um contato, ser um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países", afirmou Vieira.

Operações militares dos EUA no Pacífico

Em outro desenvolvimento, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, anunciou nesta terça-feira (28) que as Forças Armadas americanas destruíram quatro embarcações no Oceano Pacífico, supostamente associadas ao tráfico de drogas. Os ataques, realizados na segunda-feira (27), resultaram na morte de 14 pessoas, deixando um sobrevivente.
Os bombardeios, descritos como os mais letais desde o início das operações em setembro, ocorreram em águas internacionais. Hegseth comparou os supostos narcotraficantes a terroristas, sugerindo que seriam tratados de forma semelhante à Al Qaeda. Não obstante, não há evidências concretas ligando as embarcações ao tráfico de drogas, e a justificativa do governo Trump tem sido criticada por governos regionais e analistas de direito internacional.

Fonte: Foto By Shealeah Craighead

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