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Políticas Sociais

Operação policial no RJ deixa 132 mortos e gera polêmica

Operação no Rio de Janeiro resulta em 132 mortes, críticas ao governador e questionamentos sobre responsabilidade.

Redação29/10/2025 18:0615min

Uma operação policial no Rio de Janeiro resultou em 132 mortes, tornando-se a mais letal do estado. A ação visava prender membros do Comando Vermelho e gerou críticas ao governador Cláudio Castro. O incidente chamou atenção internacional e levantou questionamentos sobre a responsabilidade.

Operação policial no RJ deixa 132 mortos e gera polêmica

Operação Policial no RJ Deixa 132 Mortos e Gera Polêmica

Na tarde desta quarta-feira (29), o número de mortos na Operação Contenção, liderada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), atingiu 132. Esta operação é agora considerada a mais letal da história do estado. O objetivo principal era prender membros do grupo criminoso Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, situados na zona norte do Rio de Janeiro.

Detalhes da Operação

  • A operação envolveu 2.500 policiais e soldados.
  • Foram utilizados helicópteros, veículos blindados e ações a pé.
  • As forças de segurança buscavam cumprir 100 mandados de prisão contra supostos integrantes do Comando Vermelho.

Ao final da operação, 64 corpos sem vestimentas foram colocados em uma rua próxima a uma comunidade para facilitar a identificação através de tatuagens e marcas. O incidente chamou a atenção internacional e gerou uma onda de críticas ao governador Cláudio Castro. Até o momento, não foram divulgadas as identidades dos mortos, e 113 pessoas foram presas.

Conflito de Responsabilidades

O governador Cláudio Castro atribuiu a responsabilidade pelo que chamou de "mega operação desastrosa" ao governo federal, alegando falta de apoio do governo do presidente Lula. Em contrapartida, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que o governo federal não foi informado sobre a operação. Ele destacou que o governador estava ciente de uma investigação em andamento da Polícia Federal contra facções criminosas.
O governo Lula propôs o Projeto de Lei Antifacção, que visa enfraquecer financeiramente os grupos criminosos e aumentar as penas para seus líderes. O projeto também sugere a criação de uma base de dados nacional para rastrear criminosos.

ADPF das Favelas

O governador criticou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635, conhecida como ADPF das Favelas. Ele se referiu à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelece diretrizes para operações em favelas, como "maldita", alegando que prejudica as forças de segurança.
A ADPF 635, relatada pelo ministro Edson Fachin em 2020, visa reduzir o número de mortes em operações policiais. A ação estipula restrições para incursões em comunidades, permitindo-as apenas em "situações absolutamente excepcionais", com grave risco à vida, e requer comunicação prévia ao Ministério Público.

Reações e Críticas ao Governador

A operação gerou diversos comentários críticos nas redes sociais, especialmente na plataforma X. Usuários questionaram a estratégia do governador, apontando contradições em suas declarações e criticando a falta de clareza sobre as identidades dos mortos. Alguns comentários destacaram a falta de comunicação com o governo federal e o número elevado de vítimas fatais, incluindo policiais e civis, sem julgamento prévio.
A Operação Contenção continua a ser um ponto de grande debate público, com críticas sobre a execução e a responsabilização entre os governos estadual e federal.

Fonte: © Reprodução Palácio do Planalto

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