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Polícia Federal deflagra Operação Cambota em esquema de fraudes

PF investiga fraudes em aposentadorias e pensões; operação cumpre mandados em SP e DF.

Por Redação
12/09/2025 12:1020min de leitura

Resumo da Notícia

A Polícia Federal lançou a Operação Cambota para investigar fraudes em aposentadorias e pensões, focando em descontos associativos não autorizados. A ação cumpre mandados de prisão e busca em São Paulo e no Distrito Federal, com investigações sobre crimes como obstrução de justiça e ocultação de patrimônio.

Polícia Federal deflagra Operação Cambota em esquema de fraudes

Polícia Federal deflagra Operação Cambota em esquema de fraudes

A Polícia Federal (PF) iniciou nesta sexta-feira (12) a Operação Cambota, um desdobramento da conhecida Operação Sem Desconto. Esta nova ação visa investigar um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, um problema de escala nacional.

Cumprimento de Mandados

Em comunicado oficial, a PF informou que a operação cumpre dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão. Todos os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e estão sendo cumpridos nos estados de São Paulo e no Distrito Federal.

Crimes Investigados

A operação se concentra na investigação de crimes como:

  • Impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa
  • Dilapidação e ocultação de patrimônio
  • Possível obstrução da investigação por parte de alguns investigados

Histórico da Operação Sem Desconto

A Operação Sem Desconto foi deflagrada em abril pela PF, em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de combater o esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Estima-se que aproximadamente R$ 6,3 bilhões foram descontados indevidamente de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.
Naquele período, cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU cumpriram mais de 200 mandados judiciais de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária em vários estados e no Distrito Federal.
As investigações identificaram irregularidades nos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre benefícios previdenciários, principalmente os concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

CPMI e Pedidos de Informações

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que apura a fraude bilionária, aprovou na quinta-feira (11) aproximadamente 400 pedidos de informações e de quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático de suspeitos.
Os parlamentares solicitaram informações sobre registros de entrada e saída de investigados em órgãos públicos e indícios de irregularidades reunidos pelo INSS, PF e CGU. Também será realizada a quebra de sigilo de pessoas, associações, entidades associativas e empresas investigadas na Operação Sem Desconto.
Empresários de destaque, como Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e Maurício Camisoti, além do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, terão seus sigilos quebrados.
Semana passada, a CPMI aprovou os pedidos de prisão preventiva para Antunes, Camisoti, Stefanutto e outros 18 investigados.

Ressarcimentos aos Aposentados

Cerca de 1,6 milhão de aposentados e pensionistas que sofreram descontos ilegais em seus benefícios receberam R$ 1,084 bilhão em ressarcimentos do INSS, conforme divulgado em agosto. Os débitos indevidos foram executados por associações entre março de 2020 e março de 2025.
A medida provisória assinada em julho liberou R$ 3,31 bilhões para cumprir os acordos judiciais. Este crédito extraordinário está fora da meta de resultado primário e do limite de gastos do arcabouço fiscal.
A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 2,8 bilhões em ativos de associações, pessoas físicas e empresas investigadas no esquema de fraude no INSS. Os valores arrecadados com a venda desses ativos serão usados para ressarcir os aposentados e pensionistas.
Os pagamentos dos ressarcimentos começaram em 24 de julho, feitos em parcela única, com correção dos valores pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os beneficiários recebem diretamente na conta onde o benefício é depositado mensalmente.
Os pagamentos são realizados por ordem de adesão ao acordo com o INSS. Quem aderiu primeiro, recebe primeiro. As contestações podem ser feitas até 14 de novembro de 2025, e a adesão ao acordo continuará disponível após essa data.

Fonte:Polícia Federal

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