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Economia

Interdição da Refinaria Manguinhos: Entenda o Caso

Interdição da Refinaria Manguinhos envolve operação contra crime organizado e decisão judicial. Saiba os detalhes do caso.

Redação30/10/2025 12:5714min

A refinaria de Manguinhos foi interditada devido a operações contra o crime organizado, especificamente a infiltração do PCC no mercado de combustíveis. A Receita Federal apreendeu navios ligados à refinaria, e uma decisão judicial que liberava a operação foi anulada pelo STJ.

Interdição da Refinaria Manguinhos: Entenda o Caso

Interdição da Refinaria de Manguinhos: Entenda o Caso

Contexto e Operações Envolvidas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância das operações que levaram à interdição da refinaria de Manguinhos, pertencente ao grupo Refit. A ação faz parte da Operação Cadeia de Carbono, um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que investiga a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no mercado de combustíveis.
Na operação, a Receita Federal apreendeu dois navios com cargas destinadas à refinaria de Manguinhos. O objetivo é desmantelar um esquema que pode estar abastecendo postos de gasolina controlados pela facção criminosa.

Decisões Judiciais Recorrentes

A Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro havia conseguido uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) para liberar a refinaria. No entanto, essa decisão foi anulada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, a pedido da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Assim, a interdição permanece em vigor.

“Não podemos ter a nossa atividade, a nossa atuação solapada ou colocada em risco pela má compreensão que está havendo desse caso especificamente”, afirmou Fernando Haddad.

Posicionamento do Governo e Reações

Haddad afirmou que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, poderá evitar futuros problemas e melhorar a arrecadação estadual ao colaborar com o combate às irregularidades. Segundo Haddad, o governo estadual não tem atuado efetivamente contra o contrabando de combustíveis, que estaria financiando o crime organizado.

“Nós entendemos que asfixiar o crime organizado passa por uma atividade de inteligência para chegar aos verdadeiros mandantes e orquestradores da atividade criminosa”, destacou Haddad.

Acusações e Defesa da Refit

A Receita Federal e a PGFN acusaram a Refit de ser “sonegadora contumaz”, com sonegação de tributos federais e estaduais acima de 80% nos últimos anos. A empresa é acusada de ocultar os verdadeiros beneficiários de suas operações tributárias, o que constitui crime. A ANP encontrou indícios de que a Refit estaria transportando gasolina pronta, e não matéria-prima, como declarado.
Em sua defesa, a Refit criticou a decisão da ANP e alegou inconsistências nas classificações dos produtos e vazamento de informações sigilosas. A companhia insiste que sempre denunciou postos ligados ao crime organizado e que as ações contra ela representam um conflito de interesse, dado o envolvimento da Petrobras como concorrente direta.

Conclusão

O caso da refinaria de Manguinhos é complexo e envolve questões de segurança pública, economia e disputas jurídicas. As decisões recentes reforçam a necessidade de coordenação entre os entes federativos para combater o crime organizado no setor de combustíveis, enquanto a empresa Refit continua a contestar as alegações e defender sua atuação no mercado.

Fonte: Foto Britto Junior/ Câmara dos Deputados

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