Investigação de Fraude no Banco Master Vai ao STF
Caso do Banco Master envolve autoridade com foro no STF e avança na corte.
A investigação sobre fraudes no Banco Master foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal devido ao envolvimento de uma autoridade com foro privilegiado. O ministro Dias Toffoli determinou que o caso será tratado no tribunal superior, sem causar atrasos significativos nas investigações.

Investigação de Fraude no Banco Master Vai ao STF
Envolvimento de Autoridade com Foro Privilegiado
O diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, confirmou que as investigações sobre supostas fraudes do Banco Master foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Isso ocorreu após a identificação de uma autoridade envolvida que possui foro especial na corte. A decisão de encaminhamento foi deferida pelo ministro Dias Toffoli, que determinou que o caso seja tramitado no tribunal superior.
De fato, temos tido uma cautela muito grande em todas as nossas investigações, até para evitar nulidades. A qualquer indício de investigado com prerrogativa de foro, suspendemos as investigações e enviamos ao foro competente," afirmou Rodrigues.
Rodrigues ressaltou que a interrupção do processo não causou atrasos significativos: "Não houve prejuízo às investigações, foi um lapso curtíssimo, as investigações foram retomadas."
Envolvimento de Políticos e Ministros do STF
A investigação revelou a apreensão de um envelope com documentos relacionados a um negócio imobiliário em Trancoso, Porto Seguro (BA), envolvendo o deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA). Bacelar afirmou ter sido procurado por Daniel Vorcaro, dono do banco, por sua atuação na constituição de um fundo para um empreendimento imobiliário.
Além disso, o caso também envolve ministros do STF. O ministro Toffoli, que foi visto em um jatinho com um dos advogados do caso, impediu que a CPI do INSS acessasse materiais sigilosos de Vorcaro. O nome do ministro Alexandre de Moraes também foi citado, uma vez que sua esposa, Viviane de Moraes, fechou um contrato significativo com o Banco Master.
Negativas de Interferência Política
Rodrigues, em diálogo com jornalistas, negou qualquer interferência política nas operações da PF. Ele enfatizou a seriedade e responsabilidade com que a instituição trabalha, mesmo diante de pressões políticas.
Temos uma interlocução muito franca com a política. Estamos trabalhando com muita seriedade e responsabilidade, isso nos permite seguir com firmeza de maneira inabalável a pressões políticas de quem quer que seja," assegurou o diretor.
Rodrigues admitiu que pressões de setores afetados por operações policiais são comuns, mas afirmou que a PF segue com convicção em suas ações sem cair em "caça às bruxas".


